12 janeiro 2006

Assassinando o Português

Ninguém sabe, nem aqui nem em lugar algum, mas eu sei um pouquinho de português. Isso ainda é um pouco inassimilável, porque eu odiava as aulas de língua portuguesa no colégio e só tirava notas "para passar". Por que estou escrevendo sobre isso? Quem quer saber? Ninguém, eu suponho. Porém, quero demonstrar minha insatisfação com o "assassinato" do português que, às vezes, presencio nos meios de comunicação. E como hoje é dia do aniversário de Belém, vou citar um erro comum da nossa região. O resto do país, com exceção do Sul, não pronuncia o pronome pessoal do caso reto - segunda pessoa do singular - tu.
Nós, de Belém e do todo o Pará, o pronunciamos sempre na nossa comunicação falada, escrita, etc. Onde eu quero chegar é na errônea conjugação dos verbos na segunda pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo. Exemplo:
- Tu fizestes o que eu mandei?
- Tu escrevestes um artigo no jornal que me interessou bastante.
Ora, ora, ora, não assassinem o português. Não se utiliza o "s" na conjugação dos verbos na segunda pessoa do singular do pretérito perfeito. O correto é:
- Tu fizeste o que eu mandei?
- Tu escreveste um artigo que me interessou bastante.
Muitas pessoas insistem em conjugar no plural, porque faz parecer mais rebuscado, mais formal. Enganam-se elas.

É isso, até a próxima dica de português do "professor" Anônimo.

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