07 outubro 2005
Referendo ...
Inevitável todos discutirmos esse assunto. Eu já havia me posicionado firmemente a favor do SIM, eu sou a favor da proibição da venda de armas no Brasil. Ai me vem a revista Veja, simplesmente a revista mais lida do Brasil, com uma matéria sobre "7 Motivos Para Se Votar Não" e me deixa encucado. Tenho dúvidas. Claro que muitos dos motivos dados são claramente tendenciosos, mas alguns são plausíves de análise. Não sei, tenho até o fim do mês pra me decidir. Acho que vou procurar mais pontos de vista por ai. =(
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6 comentários:
A Veja é foda. E agora ainda descobriu-se que o edificio onde a sede do grupo Abril está baseada pertence, na verdade, a um grande fabricante de armamentos.
Assim fica fácil defender o não. :]
Certo Emiliano, realmente preciso ler mais sobre os dois lados. Mas eu acho meio utópica uma revolução aristocrática armada. Mas entendo seu posicianamento, obrigado pela visita.
Sinceramente mesmo? O problema é social, não é perda de direito de defesa, muito menos cultura de paz (argumentos do Não e do Sim, respectivamente). Esse referendo é uma piada de péssimo gosto, as duas frentes estão nos fazendo de palhaços. Uma com essa história de direito a defesa e a outra com a cultura da paz, do desarmamento do 'cidadão de bem'.
O grande x da questão da violência no Brasil é social. Far-se-ão quinhentos referendos sobre o assunto e nenhum deles vai resolver a questão enquanto educação, saúde e outros indicadores que compõe o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), por exemplo, não tiverem alterações. Aí é muito fácil fazer referendo e colocar nas mãos da população uma decisão, que no fundo cabe ao Estado.
E esse governo provou que a esquerda brasileira pode ser tão dominadora e corrupta quanto a direita que sempre nos governou.
E nós já temos aristocacria armada, ou os endinheirados com seguranças, carros blindados e afins são o quê? :]
Eita, escrevi muito. Falando nisso Thiago, tem uma reportagem interessantíssima na Carta Capital dessa semana sobre o referendo. Fala justamente desses pontos que mencionei no meu comentário anterior.
Aliás, no Portal estamos fazendo uma série de reportagens com argumentos do 'sim' e do 'não'. Logo mais entra a reportagem sobre o porte de arma em outros países e o que ficou claro nesse texto é justamente essa questão do social. A própria Folha de São Paulo veio com um caderno especial domingo explicando o assunto e mostrando dados a respeito do porte de armas no Japão e na Jamaica (pior índice de homicídios por arma de fogo do mundo, 31 a cada 100 mil habitantes, o do Brasil é 29/100 mil), por exemplo e tá na CARA que o problema é de desenvolvimento social. E não simplesmente de dizer sim ou não ao comércio de armas. Se fosse só isso, seria lindo.
Esqueci de mencionar que o IDH da Jamaica e do Brasil são um dos mais baixos do mundo e que nos dois países educação e segurança são deixados em segundo plano. Ao contrário do Japão, da Suiça (que o 'nao' adora falar na propaganda gratuita), cujas posições no ranking do IDH estão entre as primeiras.
Tá, mas chega. :P
Obrigado pelas informações, ambos. Vou procurar essa matéria da Carta Capital, parece interessante mesmo. Mas a cada dia eu acredito que esse referendo é apenas uma manobra para desviar os olhos da opinião pública sobre Brasília e seu mar de lama. Não quero votar nulo, não acho certo isso. Portanto a dúvida persiste. =)
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